RETRATOS DE FAMÍLIA

Jó 1:1-5; 2Tm 1:3-6; 1Sm 18:1-4; Js 24:14-15 

Me sinto uma pessoa privilegiada por aos 43 (quase 44) anos de idade ainda ter uma avó viva — com quase 100 anos de idade. Em um momento muito especial na minha infância, minha avó cuidou de mim por  um tempo.

O que mais me chama à atenção é que embora não tenha sido muito tempo, foram dias que nos marcaram. Ela se lembra de uma história em particular, até hoje: “… não estou com fome de arroz, só de linguiça”. 

Essa é a história que ela me conta todas as vezes que nos falamos ao telefone. Retratos pintados.

Todos os dias uma parte do retrato da nossa família é pintado. Algumas vezes herdamos uma pintura que não é exatamente aquilo que nós mesmos pintaríamos — isso pode ser bom ou ruim. Não importa a qualidade da pintura e quanto esse retrato familiar valeria em um leilão de arte, a verdade é que a pintura que alguém faz determina muita coisa no rumo para o qual vão todos que são expostos a esse quadro.

Nossos, amigos, cônjuges, filhos, pais e mesmo pessoas que talvez jamais saberemos que existem — ou que existirão, vêm a nossa arte e serão de alguma maneira expostas ao nosso retrato de família.

Embora uma instituição quase falida, a família é a base de muitas coisas.

Sociedade e igreja, estão entre essas.

Textos que parecem se contradizer:

Ex 20:5 — “…sou Deus zeloso, que castigo os filhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geração daqueles que me desprezam”. 

Ez 18:20 — “Aquele que pecar é que morrerá. O filho não levará a culpa do pai, nem o pai levará a culpa do filho”.

Êxodo 20 não fala de justiça e punição. Fala de consequências.

Pais viciados em qualquer tipo de entorpecente, é bem mais provável de ver o mesmo se repetir com os filhos. E assim por diante em diversas áreas da vida. Aliás, repare que você faz igualzinho aos seus pais as coisas que você mais detestava neles.

Gostaria de pintar alguns retratos de família e te perguntar, “como é o seu?”.